3.4.09

I want to get rid of my own prison.

Nunca venho com boas notícias, logo nunca posto quando estou feliz. E para não quebrar a tradição, mais uma vez algo me deprime. Estou cansada de ver pessoas passando pelo direito, vontade ou sentimento de outras pessoas em seu próprio benefício. E posso afirmar, com toda certeza, que não há algo que me deixe mais irritada do que isso.

Ontem mais uma vez fui vítima de tal atitude, e é claro fiquei muito irritada. Doente até. Eu queria saber o que sente esse tipo de gente ao passar por cima do direito dos outros. Será que se sentem realmente felizes? Que tipo de felicidade é essa? Eu não conheço, porque tudo que eu consegui até então foi de maneira honesta. E será que eu me ferro tanto assim por justamente ser uma pessoa honesta? Ás vezes questiono porque eu vejo tanta gente se beneficiando dessa maneira, e a estas, nada acontecer. Começo a pensar que o certo pode ser exatamente aquilo que julgamos errado, o que não significa que começarei a agir da mesma maneira que a maioria.

E para que se irritar tanto com isso? Me perguntam. PRA QUÊ? Essa reação só pode ter uma explicação: as pessoas já estão acostumadas a isso, e sendo assim, já nem reagem mais, e pior, se espantam quando alguém toma uma atitude. Eu ainda não consigo me calar. "Mas Juliana, no trabalho essa é uma cena totalmente cotidiana." Não, não pra mim. Eu nunca vou aceitar que alguém passe por mim como se eu não existisse.

Ver ou sentir na própria pele esse tipo de coisa sempre será algo que me enoja. E sempre vai me tirar a vontade de comer, dormir, sorrir, e dependendo da situação, até de viver.

Yann Tiersen - Comptine D´un Autre Été


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