17.4.24

I'M TIRED.



Como começar? Posso começar dizendo que estou exausta. É, é um post-desabafo, como tantos que eu tenho aqui. Aliás, quase nunca volto por outro motivo, mas gostaria bastante de voltar para contar coisas felizes, empolgantes e esse é o meu desejo. Mas aí tem a vida, né? Que muitas vezes tem pouco ou absolutamente nada disso. Até naqueles momentos em que você se vê realizando um sonho, algo acontece para que esse sonho se desfaça ou fique ali, pela metade, de qualquer jeito.

E como sempre, eu não venho contar abertamente. As coisas acontecem e por mais que a gente queira que sejam diferentes, que sejam menos doloridas, acontecem como acontecem atropelando nosso sentimento porque simplesmente não dependem apenas da nossa vontade. Vim só dar notícias pra mim mesma no intuito de contar que ainda estou aqui, respirando, apesar de estar me sentindo um pouco sem ar e com um aperto no peito.

Mas vou emanar para o universo que algo bem feliz acontecerá. Positive vibration. 

Now playing: Richard Hawley - The Ocean

 

7.11.20

We don't give up

 Agora são 03:00 da manhã e eu estou aqui tentando lidar com sentimentos, medos, inseguranças e ansiedade que habitam ao mesmo tempo dentro de mim. Ainda sobre os 35 anos, pra mim é só um número, pois lendo postagens antigas percebi que, apesar da bagagem adquirida, muitas características ruins minhas das quais eu queria ter me livrado, há uns 10 anos ou mais, continuam aqui. Acho sim que estou mais forte, mas alguns medos e inseguranças continuam a me paralisar e me desestabilizar em praticamente tudo.

Se eu ainda tivesse leitores, pois sei que depois de tantas outras coisas criadas na internet os blogs foram abandonados, eu queria de alguém uma receita para eliminar pra sempre o hábito de autossabotagem que eu tenho pela insegurança. Penso em voltar ao psiquiatra e aos remédios já que exercitar-me está meio difícil por esses tempos. Tenho outras idéias mirabolantes que, se eu conseguir colocá-las em prática, volto para contar a mim mesma - apenas pelo registro - se deu certo.

Fazendo ainda um link com o lance da inexistência de leitores de blogs e mais especificamente do meu, quando estava relendo minhas postagens do arquivo e alguns poucos comentários, percebi que alguns amigos que aqui comentavam, por questões meramente políticas até, hoje não falam mais comigo. Aonde foi parar essa amizade de tantos anos, se é que ela existia? - me questiono. Mas o que mais me entristeceu foi ver comentários de um amigo muito especial que tirou a própria vida ainda no início da pandemia. 

Enfim, isso é o que estava tirando a minha paz no momento. Logo voltarei para mais desafogos, pois o blog - e antes da internet, o diário - é e sempre será parte da minha terapia pra não desistir e suportar a dor que é viver nesse mundo que eu sinto como se eu não me encaixasse.

Playing: All And Everyone - PJ Harvey

12.10.20

Desabafos sobre ser adulta

Posts como este deve haver milhares espalhados pela internet, ou seja, o que acontece comigo agora, acontece com quase todo mundo. Mas vamos lá: ser adulto é um saco. Ter que lidar com pessoas difíceis em todos os lugares, seja no trabalho, na família ou no círculo de amizades, é a tarefa mais árdua que temos quando crescemos. Tem de todo tipo: pessoas falsas, egoístas, ostentadoras, cruéis, egocêntricas, narcisistas, vaidosas, interesseiras, folgadas, soberbas, traiçoeiras, mentirosas, etc. e sei que, alguns dos defeitos citados, tem alguns pontos em comum, mas não são iguais. E conheço quem tenha vários deles ou até todos. 

E eu tenho motivos para guardar muitas mágoas de pessoas de todos os meus círculos, porém se eu guardasse, provavelmente teria menos amigos dos que eu já possuo e, guardando tantos sentimentos ruins como rancor, talvez nem viva estaria. Mas eu trabalho muito o perdão, porque na real, pra mim,  o principal objetivo de estarmos aqui é o de desenvolver o hábito de perdoar para não carregarmos e menos ainda levarmos daqui os diversos carmas que cruzam  pela nossa vida.

Outra desvantagem em ser adulto é ter que tomar decisões importantes ou não a todo instante, e sim, tomar decisões é a minha segunda maior dificuldade. Mudar de casa ou não, aceitar tal emprego ou não, mudar de cidade ou não, ir a tal lugar ou não,  fazer algo, não fazer, me formar em tal curso, fazer outro... difícil. E talvez por considerar tão difícil decidir, parece que minha vida sempre me coloca em encruzilhadas fazendo com que eu sofra bastante nesses momentos. Faz também com que eu não consiga muito sair do lugar, e, pra piorar um pouco, sei que esse problema que eu tenho também causa uma certa impaciência em alguns que estão ao meu redor.

Acabei de chegar de uma viagem que eu sofri pra fazer porque estava indecisa entre ir ou não apesar de não ter tido muita escolha. Estou há dois dias de fazer uma mudança ou não para depois de alguns meses ou semanas ter que fazer outra pra outra cidade (não muito distante da minha). Já fiz dois cursos universitários e não terminei nenhum, estou lutando pra terminar um deles e nenhum dos dois era o que eu realmente queria. Então esse tanto de coisas para decidir, além de me causar um certo pavor, acaba me deixando sufocada com vontade de sentar em posição fetal, chorar e deixar o mundo desabar sobre a minha cabeça. Ou então, como li em um meme, acordar, tomar meu leite com toddy e assistir meu desenho favorito enquanto tudo ferve lá fora. 

Queria eu ter a chance de voltar a ser criança.

Playing: Deftones - Headless

24.6.20

Sobre os 35

Não foi fácil chegar até aqui. 35 anos! Pesa, tem um peso grande porque são muitas experiências acumuladas. Posso afirmar que estou bem mais forte também, apesar da saúde já não ser, de longe, a mesma de quando eu tinha uns 20 anos. Minha força vem das adversidades. Sei que o que estou escrevendo aqui é bastante óbvio, mas eu, assim como muitos aos 35, ou seja, muito tempo vivido, já passei por muitas coisas.

Estou naquela fase em que a bagagem maior já começa a ser das histórias vividas, sabe? Quanto mais eu vivo, ao contrário do que imaginei no passado, menos eu quero ter, menos eu quero ter o que carregar pra lá e pra cá. Sabem a máxima do menos é mais? Então, minha filosofia de vida. E como já citei em outro post, estou numa fase em que estou voltando, de alguma maneira, a ser quem eu era, porém me conforta saber que nunca mais voltarei a ser exatamente a mesma. Gostava da vidinha menos preocupada que eu vivia, mas certamente gosto muito mais agora. Infelizmente ainda não tenho tantas certezas quanto eu achei que teria chegando aqui, mas as poucas certezas que eu adquiri, são, em quantidade, muito mais do que eu tinha há alguns anos atrás. E também não tenho mais a juventude de antes porque nada é perfeito, e por mais clichê que seja, tudo tem um preço, né? Ainda assim, prefiro minha versão atual.

E hoje nem é meu aniversário ainda. É amanhã, mas quis escrever porque estou ansiosa pelo meu aniversário como eu nunca estive. Ansiosa pra ficar mais velha, Juliana? Tá louca? Pois é. O motivo? Bem, o motivo é que esse ano é muito especial.

Pensem na seguinte situação: em um dado ano você conhece uma pessoa através de uma rede social por motivo de alta compatibilidade musical. Você se torna muito amiga dessa pessoa, óbvio,  mas não a ponto de combinarem um encontro pessoalmente. Entre idas e vindas, sem nunca deixar de ter notícias um do outro, 10 (sim, dez!) anos depois, os dois solteiros, finalmente resolvem se encontrar pra se verem, né, afinal, são dez anos de amizade sem sequer se encontrarem na rua por acaso (apesar de saber que isso já aconteceu muitos anos antes sem a gente saber e pode ter acontecido em qualquer época). E daí, o que acontece? Eu descubro que ele era simplesmente a pessoa com quem eu sempre quis estar a minha vida inteira. No começo lamentei muito não ter providenciado esse encontro antes, porque de certa forma me pouparia viver algumas situações desagradáveis. Mas depois de um tempo enxerguei que aconteceu na hora certa. Hoje tenho minha filha linda e um cara foda ao meu lado, ou seja, melhor aniversário, impossível.

Aproveitando o lado bom da ansiedade, deixo um texto aqui só pra registrar esse momento, e não pelo update do blog, até porque hoje isso definitivamente não importa mais.

Playing: Elbow - Empires

20.5.20

Sobre idas e vidas

Depois de tantos anos sem postar algo, eis que finalmente a vontade me veio. E por que? Porque depois de muitos anos sendo a pessoa que me tornei, estou, aos poucos, voltando a ser quem eu era antes de me tornar mãe, mas sem algumas características totalmente dispensáveis. Sem me apegar em descrever detalhes, estou em uma outra fase da metamorfose, uma personalidade híbrida de duas fases diferentes da minha vida.

Apesar de parecer pouco interessante o relato, pra mim é extremamente valioso avaliar. Nesses anos distante daqui passei por muitas coisas, coisas inimagináveis em outros tempos e hoje nem tanto. Relacionamento abusivo em todas as esferas possíveis fez parte do cenário. Mas tudo o que passei foi importante pro meu crescimento, e sim, vejo o lado bom do que passei porque agora estou na melhor fase da minha vida.

Me libertei, e sei que me libertei porque consegui amar de novo, e mais que isso, senti vontade de amar, verdadeiramente. E tudo graças à Deus em primeiro lugar, e, em segundo, à last.fm que me fez conhecê-lo há dez anos atrás. Essa é a minha libertação e sela a minha metamorfose, porque é onde eu quero ficar por toda a vida. Safe place. Depois de um longo tempo de guerra, estou agora colhendo meus espólios. E encontrei quem estivesse, da sua maneira, exatamente dessa forma: colhendo seus espólios também. Perfeito!

Playing: A Perfect Circle - The Contrarian

24.3.20

Forever Alone Lifestyle

A postagem a seguir foi feita há pelo menos 11 anos atrás e estava nos rascunhos não sei por qual razão, mas ainda representa o que eu penso. Só que, diferente daquela época, os amigos que eu possuo hoje cabe contar nos dedos das mãos. E isso é ótimo.  ⇓


Cada dia que passa eu me excluo mais desse negócio nojento que as pessoas chamam de sociedade. E o motivo é simples: a decepção que cada vez mais as pessoas me causa. Foi-se o tempo em que eu achava que ser ser adepta a misantropia (sempre fui) era algo cool, isso ficou na minha adolescência. E eu vejo gente com a minha idade ou mais achando isso o máximo até hoje, o que me causa imenso desânimo. Pessoas criticam pessoas específicas gratuitamente, ofendem, perseguem, falam mal, destratam, atropelam os sentimentos dos outros e não percebem o quanto isso é pequeno e feio.

Estou me tornando uma pessoa insociável por falta de opção mesmo, o que não acontecia antes. Gente divertida no mundo existem muitas, mas me cansa essa relação superficial de ter amigos para baladas, amigos para dia-a-dia, amigos para confidências, amigos para cada ocasião do tipo "fulaninho é falso, mas é engraçado e pode me ser útil", sabe? E eu não quero mais me aprofundar pelo simples receio de ganhar mais uma frustração para se juntar às outras tantas que eu já tenho. O que me resta então? Resta o isolamento com a única finalidade de sobreviver nesse mundo.

Ultimamente tenho visto tanta coisa estranha que nada me tira a idéia de que as pessoas estão mesmo enlouquecendo, só que  infelizmente não posso expor as situações aqui afim de preservar tais pessoas, apesar das mesmas não merecerem consideração nenhuma da minha parte. E eu penso que ao invés de olharem tanto pro que eu falo, pro que eu gosto, pro que eu penso ou para o que eu faço, por que não observam e criticam a si mesmas? Não é tão melhor se moldar do que "tentar" moldar o outro? Vou morrer sem compreender essa mania que os seres humanos tem de não cuidarem do que estão causando por aí. 

Não é tão cool a idéia de ser sozinho, mas existe um clichê muito certo que ensina a lição "antes só que mal acompanhado". 


10.2.15

Quanto tempo!!! Sinceramente achei que não fosse mais voltar, mas como tenho blog desde que ouvi falar da existência dos blogs, então acho que me arrependeria se desfizesse dele. E tenho outros planos para continuar a escrever, só não sei direito com que tempo conseguirei colocá-los em prática. Mudei o endereço, mudei o título, falta mudar agora o conteúdo, e, mais pra frente, o layout. Muita coisa aconteceu e minha filha está linda, saudável e cada dia mais esperta, e é por esse motivo que não consegui mais voltar. Espero ter tempo de começar as mudanças de uma vez. Paciência é a solução para o momento.

17.9.12

Uma vida à caminho.

Ou melhor, uma vidinha. E com essa vida, uma força enorme para continuar vivendo. Esse post já estava quase pronto há poucas semanas só esperando a hora certa de publicar, e só quem realmente lê meu blog terá acesso a essa notícia, por enquanto. Dia 03-08 descobri que estou grávida. Sim, grávida! Esse fato pode assustar muita gente da mesma maneira que me assustou, pois pra mim eu sequer podia engravidar. Mas depois que passou o choque do resultado ficou tudo mais fácil e apesar de toda dificuldade que sei que vou enfrentar para ter um filho, não consigo pensar nada além de coisas boas. Estou muito feliz. Não foi uma gravidez programada assim como a maioria das que existem hoje, mas se veio, a única coisa que desejo muito é que meu bebê venha com muita saúde, que de resto pra mim tá tudo bem. Nesse fim de semana eu fiz uma ultrassom que reforçou a notícia, porque até eu ver o bebê lá, mexendo sem parar e saudável, eu não botava muita fé que isso estava acontecendo, não. Mas eu vi, me emocionei, e já estou louca para vê-lo novamente. Quem lê deve pensar como eu pensava, que ver uma ultrassom deve ser a coisa mais sem graça do mundo. Mas não é. Ver o meu bebê mexendo ainda tão novinho - estou no terceiro mês - foi, até o momento, a sensação mais inexplicável e perfeita que já senti até hoje. E o sexo eu já soube com 60% de certeza, mas por enquanto, por ser só uma hipótese, vou deixar para um outro post.

Em breve voltarei com mais notícias, pois até para escrever essa gravidez me deu um novo ânimo.

E pra você que quer criticar com comentários maldosos, vá fazer um filho também para deixar o recalque e a amargura de lado. Super indico, pois você terá muito o que fazer e logo ficará sem tempo e sem paciência para criticar ou pensar/falar maldades a respeito de qualquer pessoa que seja.

23.7.12

As Always I'm Back!





Hoje começa uma curta temporada de descanso com duração de pouco menos que uma semana, ou seja, vai sobrar um tempinho pra postar. Não vou viajar como a maioria faz, pois tenho coisas a resolver que considero mais importantes que uma mera viagem. Tudo uma questão de prioridade.

Da última vez que postei aqui até então minha vida mudou muito. Drasticamente. Depois de tantos problemas de convivência deixei de vez de morar com amigas e passei a morar sozinha. Pode demorar, mas tudo nessa vida a gente aprende. Meu problema é achar que posso ajudar a resolver o problema de todo mundo que me pede socorro. Mas isso também faz parte do passado.

Muitas outras mudanças ocorreram nesse período de recesso de blog, mas sabem como é, muita coisa deixaria o post enorme. Pode ser que nesses dias em que estarei menos sobrecarregada eu consiga voltar com outras novidades e pode ser que não. Tudo depende da minha paciência em levar isso aqui adiante.

E pra não quebrar a tradição, deixo uma música pra finalizar.



14.11.11

Eu, essa bomba relógio.

Agora no meio do expediente me veio uma vontade forte de escrever, e para isso eu parei tudo aqui. O porquê não é difícil imaginar: um fato. E sim, um fato desagradável.  Eu realmente queria poder falar tudo, letra por letra, das coisas que estão na minha cabeça por uma questão de desabafo, por estar a um triz de explodir. Mas não posso. Muita coisa eu guardo e depois fico por aí, parecendo uma bomba relógio que pode detonar na menor das atitudes, como num oi meio atravessado de alguém que acordou com um pouco de mau humor.

Mas é claro que eu sei exatamente onde e em quem eu devo depositar toda a minha raiva quando a coisa transborda, não sou dessas loucas que descontam todas as suas frustrações no primeiro pobre coitado que aparece no caminho. Porém independente de qual for a relação que eu tenha com a pessoa, seja profissional ou pessoal, chega o momento de não conseguir segurar mais. Isso me assusta por me conhecer e saber que eu não sei medir consequências quando a hora chega, e é lógico que não chega a extremos de agressão física, detesto barracos. Mas causa um dano grande na relação, seja ela qual for.

Espero que a situação se acalme. É a única coisa que eu posso esperar no momento. E depois de escrever muito superficialmente sobre todo o problema, já consegui respirar um pouco melhor. Esse ano já posso definir que não foi nem um pouco de acordo com as minhas expectativas. Infelizmente.