From Me to Myself
17.4.24
I'M TIRED.
7.11.20
We don't give up
Agora são 03:00 da manhã e eu estou aqui tentando lidar com sentimentos, medos, inseguranças e ansiedade que habitam ao mesmo tempo dentro de mim. Ainda sobre os 35 anos, pra mim é só um número, pois lendo postagens antigas percebi que, apesar da bagagem adquirida, muitas características ruins minhas das quais eu queria ter me livrado, há uns 10 anos ou mais, continuam aqui. Acho sim que estou mais forte, mas alguns medos e inseguranças continuam a me paralisar e me desestabilizar em praticamente tudo.
Se eu ainda tivesse leitores, pois sei que depois de tantas outras coisas criadas na internet os blogs foram abandonados, eu queria de alguém uma receita para eliminar pra sempre o hábito de autossabotagem que eu tenho pela insegurança. Penso em voltar ao psiquiatra e aos remédios já que exercitar-me está meio difícil por esses tempos. Tenho outras idéias mirabolantes que, se eu conseguir colocá-las em prática, volto para contar a mim mesma - apenas pelo registro - se deu certo.
Fazendo ainda um link com o lance da inexistência de leitores de blogs e mais especificamente do meu, quando estava relendo minhas postagens do arquivo e alguns poucos comentários, percebi que alguns amigos que aqui comentavam, por questões meramente políticas até, hoje não falam mais comigo. Aonde foi parar essa amizade de tantos anos, se é que ela existia? - me questiono. Mas o que mais me entristeceu foi ver comentários de um amigo muito especial que tirou a própria vida ainda no início da pandemia.
Enfim, isso é o que estava tirando a minha paz no momento. Logo voltarei para mais desafogos, pois o blog - e antes da internet, o diário - é e sempre será parte da minha terapia pra não desistir e suportar a dor que é viver nesse mundo que eu sinto como se eu não me encaixasse.
Playing: All And Everyone - PJ Harvey
12.10.20
Desabafos sobre ser adulta
Posts como este deve haver milhares espalhados pela internet, ou seja, o que acontece comigo agora, acontece com quase todo mundo. Mas vamos lá: ser adulto é um saco. Ter que lidar com pessoas difíceis em todos os lugares, seja no trabalho, na família ou no círculo de amizades, é a tarefa mais árdua que temos quando crescemos. Tem de todo tipo: pessoas falsas, egoístas, ostentadoras, cruéis, egocêntricas, narcisistas, vaidosas, interesseiras, folgadas, soberbas, traiçoeiras, mentirosas, etc. e sei que, alguns dos defeitos citados, tem alguns pontos em comum, mas não são iguais. E conheço quem tenha vários deles ou até todos.
E eu tenho motivos para guardar muitas mágoas de pessoas de todos os meus círculos, porém se eu guardasse, provavelmente teria menos amigos dos que eu já possuo e, guardando tantos sentimentos ruins como rancor, talvez nem viva estaria. Mas eu trabalho muito o perdão, porque na real, pra mim, o principal objetivo de estarmos aqui é o de desenvolver o hábito de perdoar para não carregarmos e menos ainda levarmos daqui os diversos carmas que cruzam pela nossa vida.
Outra desvantagem em ser adulto é ter que tomar decisões importantes ou não a todo instante, e sim, tomar decisões é a minha segunda maior dificuldade. Mudar de casa ou não, aceitar tal emprego ou não, mudar de cidade ou não, ir a tal lugar ou não, fazer algo, não fazer, me formar em tal curso, fazer outro... difícil. E talvez por considerar tão difícil decidir, parece que minha vida sempre me coloca em encruzilhadas fazendo com que eu sofra bastante nesses momentos. Faz também com que eu não consiga muito sair do lugar, e, pra piorar um pouco, sei que esse problema que eu tenho também causa uma certa impaciência em alguns que estão ao meu redor.
Acabei de chegar de uma viagem que eu sofri pra fazer porque estava indecisa entre ir ou não apesar de não ter tido muita escolha. Estou há dois dias de fazer uma mudança ou não para depois de alguns meses ou semanas ter que fazer outra pra outra cidade (não muito distante da minha). Já fiz dois cursos universitários e não terminei nenhum, estou lutando pra terminar um deles e nenhum dos dois era o que eu realmente queria. Então esse tanto de coisas para decidir, além de me causar um certo pavor, acaba me deixando sufocada com vontade de sentar em posição fetal, chorar e deixar o mundo desabar sobre a minha cabeça. Ou então, como li em um meme, acordar, tomar meu leite com toddy e assistir meu desenho favorito enquanto tudo ferve lá fora.
Queria eu ter a chance de voltar a ser criança.
Playing: Deftones - Headless
24.6.20
Sobre os 35
Estou naquela fase em que a bagagem maior já começa a ser das histórias vividas, sabe? Quanto mais eu vivo, ao contrário do que imaginei no passado, menos eu quero ter, menos eu quero ter o que carregar pra lá e pra cá. Sabem a máxima do menos é mais? Então, minha filosofia de vida. E como já citei em outro post, estou numa fase em que estou voltando, de alguma maneira, a ser quem eu era, porém me conforta saber que nunca mais voltarei a ser exatamente a mesma. Gostava da vidinha menos preocupada que eu vivia, mas certamente gosto muito mais agora. Infelizmente ainda não tenho tantas certezas quanto eu achei que teria chegando aqui, mas as poucas certezas que eu adquiri, são, em quantidade, muito mais do que eu tinha há alguns anos atrás. E também não tenho mais a juventude de antes porque nada é perfeito, e por mais clichê que seja, tudo tem um preço, né? Ainda assim, prefiro minha versão atual.
E hoje nem é meu aniversário ainda. É amanhã, mas quis escrever porque estou ansiosa pelo meu aniversário como eu nunca estive. Ansiosa pra ficar mais velha, Juliana? Tá louca? Pois é. O motivo? Bem, o motivo é que esse ano é muito especial.
Pensem na seguinte situação: em um dado ano você conhece uma pessoa através de uma rede social por motivo de alta compatibilidade musical. Você se torna muito amiga dessa pessoa, óbvio, mas não a ponto de combinarem um encontro pessoalmente. Entre idas e vindas, sem nunca deixar de ter notícias um do outro, 10 (sim, dez!) anos depois, os dois solteiros, finalmente resolvem se encontrar pra se verem, né, afinal, são dez anos de amizade sem sequer se encontrarem na rua por acaso (apesar de saber que isso já aconteceu muitos anos antes sem a gente saber e pode ter acontecido em qualquer época). E daí, o que acontece? Eu descubro que ele era simplesmente a pessoa com quem eu sempre quis estar a minha vida inteira. No começo lamentei muito não ter providenciado esse encontro antes, porque de certa forma me pouparia viver algumas situações desagradáveis. Mas depois de um tempo enxerguei que aconteceu na hora certa. Hoje tenho minha filha linda e um cara foda ao meu lado, ou seja, melhor aniversário, impossível.
Aproveitando o lado bom da ansiedade, deixo um texto aqui só pra registrar esse momento, e não pelo update do blog, até porque hoje isso definitivamente não importa mais.
Playing: Elbow - Empires
20.5.20
Sobre idas e vidas
24.3.20
Forever Alone Lifestyle
10.2.15
17.9.12
Uma vida à caminho.
23.7.12
As Always I'm Back!
Hoje começa uma curta temporada de descanso com duração de pouco menos que uma semana, ou seja, vai sobrar um tempinho pra postar. Não vou viajar como a maioria faz, pois tenho coisas a resolver que considero mais importantes que uma mera viagem. Tudo uma questão de prioridade.
Da última vez que postei aqui até então minha vida mudou muito. Drasticamente. Depois de tantos problemas de convivência deixei de vez de morar com amigas e passei a morar sozinha. Pode demorar, mas tudo nessa vida a gente aprende. Meu problema é achar que posso ajudar a resolver o problema de todo mundo que me pede socorro. Mas isso também faz parte do passado.
Muitas outras mudanças ocorreram nesse período de recesso de blog, mas sabem como é, muita coisa deixaria o post enorme. Pode ser que nesses dias em que estarei menos sobrecarregada eu consiga voltar com outras novidades e pode ser que não. Tudo depende da minha paciência em levar isso aqui adiante.
E pra não quebrar a tradição, deixo uma música pra finalizar.